Arte inspirando responsabilidade

Nos últimos dez anos, o Governo Federal tem revisitado o conceito de mobilidade urbana, buscando construir uma definição mais abrangente e alinhada às necessidades atuais. Diferentemente da visão anterior, que tratava a mobilidade de forma fragmentada e focada apenas na circulação de veículos, o novo entendimento coloca as pessoas no centro da questão, integrando a mobilidade à organização territorial e à sustentabilidade das cidades.

O descarte consciente é uma ação essencial para garantir a sustentabilidade urbana e minimizar o impacto ambiental. Além de evitar a contaminação ambiental, o descarte correto também permite que esses materiais sejam reciclados e reaproveitados, transformando-se em novos produtos ou até em obras de arte, como proposto em algumas obras no projeto RESPONSA. Esse processo não apenas reduz a quantidade de resíduos nos aterros sanitários, mas também economiza recursos naturais, energia e reduz as emissões de carbono.

A arte urbana tem o poder de ressignificar seu entorno e transformar a cidade em um grande espaço expositivo.

É a expressão artística mais democrática, está ali para todos, sem distinção, entretanto, apesar de tantos atributos, ainda sofre preconceitos e muitas vezes é marginalizada e, é nesse ponto que traçamos nosso paralelo as temáticas desse projeto – o lixo que é indesejado passa a ser obra de arte, o motociclista considerado um párea no trânsito caótico é homenageado pela sua contribuição à sociedade moderna, a cidade brutalizada pelo concreto, pela correria e indiferença, passa a ser um local aberto para arte, e um convite para uma vida mais harmônica e contemplativa.

O trânsito no Brasil enfrenta um dos mais desafiadores cenários no mundo, com mais de 30 mil mortes anuais e uma taxa de mortalidade de cerca de 16 por 100 mil habitantes. Esses números revelam a urgência de uma mudança coletiva em prol de um trânsito mais seguro e humano. A maioria dos acidentes é causada por comportamentos imprudentes, como excesso de velocidade, uso de celular ao volante, e direção sob efeito de álcool, o que evidencia a necessidade de uma conscientização que vá além das simples regras de trânsito: é preciso transformar a cultura de todos os usuários das vias.